A Canela "Cinnamomum Zeilanicum"
A canela é uma especiaria originária do Ceilão.
É retirada de uma árvore parecida com o loureiro. A canela resulta da secagem ao sol dos ramos de uma árvore. Tem um sabor muito agradável.
A primeira "visita" a Ceilão foi organizada pelo vice-rei da Índia, D. Francisco de Almeida, em 1506. Na cidade de Colombo foi construída uma fortaleza para proteger os comerciantes.
A Noz Moscada "Myristica Frangans"
A noz moscada provém de uma árvore originária das ilhas de Banda. Dá uns frutos cheios, que abrem e deixam cair no chão as sementes envolvidas numa película vermelha. É esta semente que é usada como especiaria, a noz moscada. Em 1511, os Portugueses António Abreu e Francisco Serrão chegaram pela primeira vez às ilhas de Banda.
O Cravo, Cravinho ou Cravo da Índia "Syzigium aromatium"
O cravo é uma especiaria originária das ilhas Molucas. O cravo tem umas flores que cheiram muito bem que antes de abrirem a corola têm de ser secas ao sol.
Diz-se que os súbditos chineses mastigavam cravinho antes de se dirigirem ao imperador para terem bom hálito.
O cravinho era muito apreciado na Europa também como desinfectante.
Foi Francisco Serrão o primeiro navegador português a chegar às ilhas Molucas e lá casou com uma princesa. Dedicou-se à exploração do cravo. Escreveu ao seu amigo, Fernão de Magalhães (que nesse momento estava na Índia), várias cartas a dizer que tinha tido muito lucro com o cravinho. Fernão de Magalhães teve a ideia de voltar a Portugal e fazer a proposta para descobrir um caminho mais perto para ligar Portugal às ilhas Molucas, seguindo para ocidente. Como o rei não quis, fez a mesma proposta ao rei de Castela que a aceitou.
E lá partiu. Passou por um oceano e, como era muito calmo, chamou-lhe "Pacífico". Acabou por morrer na ilha Mactan e quem completou a viagem foi o espanhol Sebastião del Cano.
Foi a primeira vez que se deu a volta completa à Terra sem nunca voltar para trás. Foi mais uma prova de que o planeta Terra é redondo.
E tudo graças ao cravinho...
Trabalho efectuado após a leitura
de "O sabor das especiarias" na revista Na Crista da Onda
Junho 2004
Mafalda de Carvalho Monteiro
Nº18, 5ºA
© Isabel Malho
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Última modificação em 07-12-2008